Projeto Cultural Dois Mundos faz imersão sobre diversidade através da arte

 

Evento que acontecerá neste domingo, idealizado pelos bailarinos Pamela Shiroma e Jacob Cachinga, trará celebração à arte e à cultura afro-brasileira e reflexão sobre acessibilidade e inclusão

Conhecer mais sobre a realidade daquele que é diferente de você, é enriquecer suas experiências e caminhar para um mundo mais respeitoso. Pensando nisso é que a bailarina responsável pela idealização do Projeto Dois Mundos, ao lado do bailarino Jacob Cachinga - natural da Angola e deficiente visual -, resolveu, através da alegria e emoção que a arte é capaz de oferecer, promover uma reflexão sobre acessibilidade e diversidade no Dia da Consciência Negra. “Empatia não é sentir exatamente as dores do outro, mas entender, respeitar e acolher o que me diferencia do outro”, revela Pamela Shiroma. Buscando mostrar ao público a capacidade do nosso corpo em explorar sentidos que vão muito além da visão, Jacob, ao lado de Pamela, imergirão o público em um pouco de sua vivência.

O evento que acontecerá no dia 20/11 das 10h às 12h no Pavilhão Étnico do Memorial de Curitiba, iniciará com uma palestra dos criadores e seguirá com apresentações do Coral Vozes de Angola - composto por pessoas com deficiência visual -, do grupo Dançar Sem Ver e da dupla Pamela e Jacob. “O ponto principal é a palestra, adaptada para cada tipo de público, onde fazemos uma dinâmica com vendas, fones, para que as pessoas entendam a importância de cada sentido e como é possível viver, sentir e se comunicar com o mundo mesmo sem um deles”, explica Cachinga.

Gratuito e aberto para todos os públicos, o encontro é a possibilidade de, em um dia tão importante, celebrar as expressões artísticas afro-brasileira e dialogar a respeito de inclusão e acessibilidade, levando aos participantes uma experiência capaz de furar a bolha da própria vivência cultural e social. “É a chance de enxergar que ser diferente é importante, que o mundo seria muito chato se todos fossem iguais, que quanto mais diferentes somos mais próximos estamos e melhor nos complementamos”, afirmam Pamela e Jacob.

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