Alexandre Linhares comemora sete anos dedicados à arte vestível


Quem conhece Alexandre Linhares, sabe que ele não é afeto a tendências impostas pela moda, nem a supervalorização do produto e cultura estrangeiros. É um incentivador da produção local, aprecia o pensamento livre de condicionamentos, a sinceridade e transparência na forma de ser e de agir, além da preocupação constante com destino e reuso de materiais e resíduos.

Tem sua vida comprometida exclusivamente com o fazer artístico, uma dedicação que nesta semana completa sete anos à frente da Heroína – Alexandre Linhares. Para celebrar a data, o espaço na Alameda Prudente de Moraes, 445, estará de portas abertas durante o sábado, dia 6 de dezembro, das 11h às 20h, comemorando com clientes e amigos, as histórias e realizações ali construídas.

Será uma boa oportunidade para conhecer o complemento de “todas as árvores são lindas”, lote de peças focado no desespero pela preservação ambiental. A loja-ateliê é notória pela informal relação com clientes, e a comemoração seguirá na mesma atmosfera. “7 é um número significativo”, afirma Alexandre.

A partir das 18h, a comemoração terá a participação do músico Leo Fressato, interpretando canções de sua autoria, com voz e violão. Na mesma ocasião, será divulgado o ganhador da promoção #heroínaalexandrelinhares7anos, que escolhe uma, entre as dezenas de histórias e fotos enviadas por clientes, contando momentos vividos junto de sua roupa, ou da relação destes com a marca curitibana.

Alexandre Linhares não lança roupas, mas ideias.
Cada objeto que leva sua assinatura, além de ser uma peça de roupa, é uma peça de arte. Sua inspiração vem de fontes distantes da moda propriamente dita. Baseia seu trabalho em assuntos instigantes ou inusitados, utilizando desde temas que perturbam sua mente, como a desigualdade social ou o descaso com a cultura local (tema este trabalhado sob o véu do fechamento do cine Ritz) e a sensação de viver atado numa camisa-de-força, até a delicadeza da cor das flores no chão - no trajeto de sua casa ao ateliê, ou o timbre da voz de sua amiga, Jô Marçal.

Suas roupas são vestidas por boa parte dos artistas da cena musical de Curitiba (seja “à paisana” ou no palco), assim como por personalidades de setores diversos das artes no Brasil. É preciso ter um mínimo de sensibilidade e beleza no olhar, para enxergar o brilho sutil de sua criação.

Durante seus sete primeiros anos na Heroína - Alexandre Linhares, o criador seguiu a intuição e fez tudo e somente o que acredita como legítima forma de expressão, tendo apresentado até então 33 coleções, ou lotes, de peças. Sobre essa história, pontua: “Não vejo uma linha definida ou um limite entre o antes e o agora. Vejo um dégradé. Estes sete anos foram uma escola e um laboratório. Continuarei seguindo o trajeto, sem fazer curvas.”

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