Há 30 anos, a empresária do ramo da moda, Marilise Slaviero, iniciava uma carreira de vitórias. Depois de produzir roupas em tricot para o público infantil, conseguiu transformar uma pequena loja em uma marca forte com peças quase exclusivas e destinadas para mulheres executivas.
A empresária começou produzindo peças para Zoomp, Le Lis Blanc, Guaraná Brasil, Carmim, Lita Mortari, Gregory, M. Officer, Thelure e Spezzato, entre outras. Hoje, a confecção curitibana é referência nacional em termos de qualidade e caimento. Tricots e alfaiataria são os destaques da grife, que cria inclusive as estampas dos tecidos usados em suas roupas.
Para a empresária, que não só administra, mas também cria todas as peças que vão para as araras e vitrines, toda a produção feita pela Ponto facilita o trabalho e é um diferencial. “Tecido plano, que é para a alfaiataria, é o mais trabalhoso, mas eu prefiro que seja feito tudo na Ponto, porque fica com a minha cara e mais acessível. Já que não tem que passar por outras pessoas e empresas, antes de chegar no meu cliente, só faço peças nas quais eu acredito”, explica a empresária.
Para conquistar êxito no ramo da moda não basta ter talento empresarial e grande conhecimento de design e tendências. De acordo com Marilise Slaviero, é preciso estudo e conhecer bem as clientes que vão vestir as suas criações. “Tem que estudar, ler, pesquisar e principalmente conhecer as suas clientes. Procuro criar peças que caiam bem no corpo delas. Busco inspirações nos grandes nomes da moda, acompanho os seus trabalhos, mas a minha maior inspiração são as clientes. Estudo cada uma delas no seu dia-a-dia e antes de produzir, crio peças para que elas possam usar em suas ocasiões e compromissos diários. Acredito que isso é que nos dá a capacitação suficiente necessária para manter o nosso negócio”, justifica o sucesso.
No começo, a fábrica, localizada no bairro Água Verde em Curitiba, fazia em média 100 peças semanalmente. Atualmente, a Ponto Design fabrica mais de 50 mil peças por ano, graças ao empenho e o trabalho de seus 50 empregados.
No início, os destaques da marca estavam nas peças em tricot, mas hoje o acervo de peças passa pela alfaiataria e, também, acessórios. “Gosto de trabalhar com o tricot porque eu posso fabricar a estampa do pano. Eu mesma participo de todas as etapas da produção e adoro poder brincar com as possibilidades do tricot. Hoje na alfaiataria produzimos também tudo na nossa fábrica”, explica Marilise. Toda a produção própria também ajuda no desenvolvimento dos funcionários e a economia local. “Hoje as pessoas visam muito o lucro financeiro e se esquecem do esforço para manter a sua equipe. Esquecem-se dos empregos que estão gerando e do que vem por trás disso. Não adianta terceirizar, trazer de fora e acabar com a produção nacional. Não é um impacto imediato, mas o Brasil ainda vai sentir o peso de simplificar a produção e cortar etapas”, completa
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